Epistemologia da Comunicação
Para obter uma melhor compreensão acerca da Epistemologia da Comunicação, teremos que ter em atenção aspectos e conceitos fulcrais, sem os quais não seria possível conhecer na íntegra todo o desenvolvimento do processo de comunicação. Assim sendo, irei ao longo de todo este trabalho, descrever um pouco os conceitos de entropia, ruído, redundância, bem como a distinção entre informação e comunicação.
Redundância, Ruído e Entropia
Redundância: Conceito próximo e relacionado com a “informação” que podemos criar como o que, numa determinada mensagem é informação calculável ou convencional. Ela resulta de uma previsibilidade bastante elevada. Contrariando a teoria, na prática e sob o olhar da comunicação, a redundância é útil e indispensável para a sua existência.
A redundância é a repetição inconsciente de uma determinada palavra ou ideia ao longo de uma mensagem, facilitando assim o acto da comunicação.
Em suma: A redundância é um “desregramento” de informação na mensagem, isto é, estabelece um organismo de defesa do sistema contra o “ruído”. Ela aumenta a mensagem, mas facilita a sua compreensão e interpretação.
Ruído: Responsável pelas pelas interferências que prejudicam a transmissão perfeita da mensagem. Deve entender-se então por ruído, tudo aquilo que se pode “intrometer” na emissão de uma mensagem.
Uma avaria ou uma interferência quando estamos a ver o noticiário será então um exemplo de ruído. Assim sendo, já haverá uma parte da mensagem que não chagará ao seu receptor
Entropia: A entropia surge como na construção de uma visão, fundamentada na informação e na comunicação (FREIXO, Manuel, Teorias e Modelos de Comunicação, pág. 147). Ela tem uma previsibilidade reduzida (muito baixa) e com muita informação ao mesmo tempo, provocando assim uma desordem no sistema.
Informação e comunicação:
Comunicação e Informação são dois conceitos que se confundem entre si, porém é essencial distingui-los.
O conceito de Comunicação é muito mais complexo e abrangente que o conceito de Informação. Mas porquê?
A comunicação na sociedade, estabelece uma actividade progressiva, cumulativa, um acto deliberado e é ainda um processo.
A comunicação aparece como uma necessidade social, uma exigência económica e um imperativo político. Ela tem como principais funções: informar, persuadir, educar, socializar e distrair… A comunicação é um diálogo/interacção entre duas ou mais pessoas, um emissor e pelo menos um receptor (que se entendam na mesma linguagem), trocam ideias, informações ou mensagens. Porém o termo da palavra, para mim é muito mais abrangente, pois considero que factores como gestos, sons etc, são também actos de comunicação.
Portanto a comunicação é uma informação que é enviada a alguém, e que é partilhada. O destinatário terá de a receber e de a assimilar.
Já a informação é o acto de comunicar (partilhar) com outra pessoa “concepções” que outrem desconhece. Assim sendo, é mais do que difundir qualquer “comunicação” pois, segundo Lopes (1996), principalmente, e acima de tudo, elaborar essa comunicação, que há-de ser canalizada para o processo comunicativo. Por isso, quando se diz “informar é também escolher”, está implícita a ideia de seleccionar o “meio mais apropriado”, utilizar a linguagem mais adequada e codificar a mensagem da forma mais eficaz, para atingir o público que se pretende.
Concluindo, a comunicação é um processo que podemos considerar racional, que estimula a interacção dos intervenientes e promove o “feedback”.
A Informação, por norma não motiva comunicação. Dar uma informação é considerado um acto em si mesmo, visto que o emissor não espera uma resposta por parte do receptor. Ela é uma novidade, uma parte da orientação, uma realidade duradoura ou transitória, etc.
Bibliografia:
FREIXO, Manuel João Vaz, Teorias e Modelos de Comunicação, Lisboa: Instituto Piaget, 2006.
Internet:
http://saladeaula.terapad.com
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4 comentários:
Ângela, gostei da tua abordagem à matéria, resumidamente conseguiste explicar todos os conceitos.
Ana TRino
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